Sabe que com essa história de blog eu me animei?? Há muito tempo não escrevia e redescobri o quanto é gostoso, terapêutico. Mais terapêutico que isso, só cantar e falar palavrão... (e mais barato também... terapeutas saem muitoooo mais caro). Sexo é outra opção de terapia, mas no momento, se estou escrevendo...
Desembestei a escrever depois que o criei e é legal porque não tenho pretensão alguma de ser escritora – deixo essa tarefa àqueles que sabem e tem o dom pra isso, porém, escrever e ninguém ler também não faz sentido.
Ontem passei o dia anotando pequenos fatos, idéias e frases em papeizinhos. Ao final do dia estava com dezenas deles. Ao chegar em casa, bolso cheio, parecendo bochecha de hamster, fui olhar com carinho o resultado da “colheita” diária.
- Edicleide Jane... esse eu tinha que anotar pra não esquecer!! Passou em consulta hoje, está tudo bem com ela, saúde ok, (apesar do nome), que achei poético, inspirador. (Talvez o use em algum próximo texto. E não há dúvidas de que será a heroína da história);
- ligar para o Ricardo da manutenção, que transformou o tanque da lavanderia em uma obra (iniciada há semanas), em algo escultural, estilo Niemeyer ... Precisaria de muita terapia pra não xingá-lo... Nuncridito que alguém, que se apresenta como pedreiro, tem dificuldade em alinhar 3 blocos de concreto em 2 colunas, no sentido vertical, com uma massa os conectando e sobre tudo isso um tanque.
- Bolo de limão da Dona Vera (acho que esse papelzinho era só pra lembrar que tenho que levar leite condensado na segunda ...)
-muitos papéis com números de telefone. Acho que esses não eram idéias pra texto algum. Talvez sejam números cujos donos eu deveria ligar...ops!!! (mas porque anoto números e muitos nem sequer o nome?? E os que tem nome, eu não lembro o assunto!!). Preciso ser mais organizada.
Olhei os papéis e não me inspirei pra escrever, só pensava na idéia de comprar uma agenda ou achar a minha, que todos os inícios de ano compro na esperança de usar e abolir de vez os papeizinhos.
Fui pro banho e enquanto a água caía na nuca, comecei a observar o desenho do piso (que não tem desenho algum. É cinza, cheio de pontinhos brancos e pretos. (observei alguns pontinhos verdes, que me fizeram pensar em lavar o chão). Olhos fixos nos “desenhos” e juro que vi um Pinóquio, uma lâmpada de Aladin e vários rostos, incluindo um homem caolho. O designer da indústria de piso é realmente criativo e talentoso. Não olhei mais pros pontos esverdeados, porque ali sim devem estar habitando milhares de seres e não são imaginários.
Fui dormir (o banheiro lavaria no dia seguinte). Eram 3 e pouco da madrugada e acordei, com vontade de escrever e sem vontade de me levantar. Abri o criado mudo, tinha caneta, achei um papel em branco (pelo menos o verso do papel estava em branco)... Resta-me torcer pro DVD não quebrar até novembro de 2011, porque escrevi esse texto na nota fiscal dele...(imagina o cara da assistência técnica lendo esse monte de bobagens??? )
To tendo uma puta dificuldade pra passar o texto pro PC, primeiro porque o texto original apenas eu entenderia e somente no momento que escrevi... (lendo agora to me sentindo o próprio Google: “você quis dizer...???” – sei lá o que quis dizer!!haha), e aliado a isso, o fato de que está praticamente ilegível!!! Tem o lado bom, porque se eu, que sou a dona da letra não entendo, o técnico da assistência técnica também não entenderá.
Pronto. Já posso guardar novamente a nota fiscal.
PS: procurar minha agenda, lavar o banheiro, colocar um caderninho no criado mudo.
Adorei o texto... simplesmente lindo!
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